Prefeito Ceron esclarece sobre o atendimento pediátrico na UPA a partir do dia 14 de janeiro de 2020

A divisão do sistema de atendimento pediátrico (passando os atendimentos ambulatoriais para a UPA, permanecendo no Hospital Infantil os atendimentos de urgência e emergência) está sendo adotada de acordo com as normativas da Saúde Pública

Iran Rosa de Moraes


Legenda: O protocolo de Manchester consiste em um sistema de triagem baseado em cinco cores: Vermelho, laranja, amarelo, verde e azul / Fotos: Marcelo Pakinha / Credito:
Com o objetivo de bem informar à população lageana sobre os procedimentos que estão sendo adotados para a transferência dos serviços de Pronto Atendimento Pediátrico do Hospital Infantil Seara do Bem (HISB) para a Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA Doutora Maria Gorete), administrada pela prefeitura, o prefeito Antonio Ceron convocou uma coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (12 de novembro).

Além do prefeito, também participaram da entrevista coletiva, respondendo às perguntas e questionamentos dos repórteres, o presidente do HISB, o pediatra Frederico Manoel Marques, e a diretora da UPA, Beatriz Montemezzo. “Estamos fazendo um processo sério e com muita responsabilidade para que o impacto na comunidade seja o menor possível. A emergência do Hospital Infantil não irá fechar, apenas estamos nos regularizando em uma situação de ordem legal. Teremos um trabalho amplo de divulgação desta mudança para que todos possam se adaptar”, comentou o prefeito Antonio Ceron.

Dentre os principais pontos questionados e esclarecidos nesta coletiva, destacam-se:
- O Município de Lages está adotando todas as providências necessárias para a adequação dos novos fluxos de atendimento pediátrico, sendo que a partir de 14 de janeiro de 2020 os atendimentos ambulatoriais serão realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e na UPA, enquanto que os atendimentos de urgência e emergência continuarão sendo feitos no Hospital Infantil;

- A divisão do sistema de atendimento pediátrico (passando os atendimentos ambulatoriais para a UPA, permanecendo no Hospital Infantil os atendimentos de urgência e emergência) está sendo adotada de acordo com as normativas da Saúde Pública, e da forma como é feita em todos os municípios de Santa Catarina e no país;

- A prefeitura de Lages e o Hospital Infantil estão seguindo determinação do Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC), que exige que os atendimentos médicos pediátricos se enquadrem às normativas de Saúde Pública. Além disto, há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 29 de novembro de 2016 pelo então prefeito Toni Duarte, e que obriga a prefeitura a encaminhar os atendimentos ambulatoriais de pediatria para a UPA;

- Na classificação de risco, os casos azuis e verdes serão atendidos na UPA. Os demais serão encaminhados ao HISB;

- Haverá uma ambulância na UPA e outra no Hospital Infantil para atender a demanda de transporte médico-ambulatorial, além do apoio, quando necessário, do Samu e do Corpo de Bombeiros;

-Na UPA será instalada uma sala de triagem, dois consultórios e um ambulatório para as crianças;

- Com esta divisão no sistema de atendimento haverá melhoria nos serviços médicos, pois o Hospital atenderá somente os casos de urgência, emergência e internamentos, ficando a UPA com os atendimentos ambulatoriais;

- O Hospital Infantil atende demanda média de seis mil atendimentos por ano, sendo que, destes, apenas 5% das crianças atendidas vão para internamento, e
- Com a habilitação da UPA para atendimento pediátrico, seguindo todas as normativas de Saúde Pública, o Município de Lages poderá receber mais recursos federais para investimentos no setor de pediatria.

Saiba o que é uma assistência médica ambulatorial
Definida como uma unidade de saúde que realiza atendimento médico sem prévio agendamento, a assistência médica ambulatorial oferece apenas consultas nas especialidades básicas da medicina. Em geral, este tipo de unidade médica não oferece internação, como em um hospital, pois só atende casos de média e pequena complexidade. Caso o estado de saúde necessite de internação, a assistência médica ambulatorial deve providenciar a transferência do paciente ou orientá-lo sobre como proceder.

Classificações de risco
O protocolo de Manchester consiste em um sistema de triagem baseado em cinco cores: Vermelho, laranja, amarelo, verde e azul, sendo vermelho representando os casos de maior gravidade, e azul os casos de menor gravidade.
A escala de cores mais utilizada e as características de cada uma na hora do atendimento são as seguintes:

Vermelho (emergência): Neste caso o paciente necessita de atendimento imediato;
Laranja (muito urgente): O paciente necessita de atendimento o mais rápido possível;
Amarelo (urgente): Neste caso o paciente necessita de avaliação, o caso não é considerado emergência, e o paciente já tem condições de aguardar o atendimento;
Verde (pouco urgente): Casos pouco graves, que podem inclusive serem tratados ambulatorialmente, e
Azul (não urgente): Casos de baixa complexidade, o paciente deve ser tratado ambulatorialmente.

Fotos: Marcelo Pakinha

PML

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SOMENTE TONI DUARTE PODERÁ ACABAR COM A FARRA DOS VEREADORES QUE DEIXOU POPULAÇÃO INDIGNADA.

Reportagem do SBT '' Investigados mostram que Elizeu tem participação no esquema''

REVOLTA DE UM LAGEANO.