Diretran e Defesa Civil participam de acidente simulado com múltiplas vítimas é encenado na BR 1

Para a simulação do acidente foi montada uma verdadeira “cena de guerra”, seguindo-se todas as técnicas necessárias para o socorro de múltiplas vítimas em um ambiente com alta probabilidade de vazamento de grande quantidade de combustível

Iran Rosa de Moraes


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Acidente com múltiplas vítimas e envolvendo veículo de transporte de produto perigoso, na BR 116, no município de Correia Pinto, prontamente mobilizou as duas unidades de resgate da Arteris (Auto Pista Planalto Sul), sediadas na região da Serra Catarinense, as quais acionaram de imediato o Corpo de Bombeiros, SAMU, Polícia Rodoviária Federal e a Defesa Civil.

Em menos de 10 minutos, do chamado de socorro, acionado pela Arteris, chegaram ao local do acidente duas viaturas do Corpo de Bombeiros (ASLU e ABTR), e a Unidade de Suporte Avançado (USA) do Samu. Barreira de contenção foi montada à margem da rodovia, utilizando-se de caminhão pesado e de outros dois caminhões guinchos, para dar cobertura as demais viaturas e as equipes de socorro em ação no atendimento às vítimas.

Muitos motoristas e passageiros que cruzavam pelo KM 225 da BR 116, às 15 horas de quarta-feira (30 de outubro), momento da simulação deste acidente, devem ter se perguntado o que de fato ocorria naquele local (entrada do Aeroporto Regional de Correia Pinto).

Para a simulação do acidente foi montada uma verdadeira “cena de guerra”, aplicando-se todas as técnicas necessárias para o socorro de múltiplas vítimas em um ambiente com alta probabilidade de vazamento de grande quantidade de combustível.

As primeiras equipes de socorro que chegaram ao local do acidente, vieram em duas viaturas de resgate de emergência, dois caminhões guincho e um caminhão pipa da Arteris, as quais estão permanentemente sediadas à margem da BR 116, nos municípios de Correia Pinto e Capão Alto, na Serra Catarinense.

Os socorristas cientes do envolvimento de carga inflamável, estacionaram a distância de cerca de 50 metros dos veículos acidentados, vestiram-se adequadamente com roupas especiais e máscaras e só então se aproximaram da cena, onde vítimas clamavam por socorro, iniciando-se assim os múltiplos atendimentos e procedimentos necessários à gravidade da ocorrência.

Logo em seguida vieram as equipes de socorro do Corpo de Bombeiros, SAMU, Polícia Rodoviária Federal e polícias Civil e Militar. Equipes da Defesa Civil e da Diretran, órgãos ligados à Prefeitura de Lages, acompanharam toda a simulação deste acidente envolvendo carga inflamável e múltiplas vítimas que se encontravam e uma Van e um carro de passeio.

A Diretran e a Defesa Civil Municipal participaram ativamente da organização deste simulado, que segundo o supervisor de tráfego, da Arteris, Marcelo Ferreira Thieme, tem por objetivo “criar práticas de segurança e de alerta à prevenção de acidentes”, isto é, estabelecer vínculo de unidade e cooperação mútua entre todos os órgãos de segurança que atuam diretamente no serviço de fiscalização de trânsito e no atendimento às vítimas de acidentes rodoviários.

Conforme falou Marcelo Thieme, é preciso que se esteja sempre alerta e ciente de como agir diante de ocorrências reais de acidentes de trânsito, seja na rodovia ou mesmo em áreas urbanas, principalmente diante da possibilidade de ocorrer grave acidente com múltiplas vítimas e na iminência de explosão provocada por carga inflamável.

Marcelo sugeriu para a  Diretran e à Defesa Civil que seja organizado, nos arredores de Lages ou até mesmo dentro da cidade, um acidente simulado, este também envolvendo veículo de transporte de carga perigosa. “Para isso será necessário criar uma comissão organizadora, voltada para o gerenciamento de crise”, afirma Marcelo.

 “O gerenciamento de crise, envolvendo, por exemplo, grave acidente de trânsito, é importante não apenas para as equipes de socorristas sediadas nas rodovias, mas às várias instituições e órgãos que atuam na fiscalização e controle de trânsito e no socorro às vítimas acidentadas, tais como o Corpo de Bombeiros, PRF, Diretran, Defesa Civil entre outros”, conclui o supervisor de tráfego.

A gerente de Educação no Trânsito, da Diretran, Aracelly Oliveira e o agente Lemkul, assistiram o simulado, na BR 116. "Esse simulado foi muito válido como forma de experiência, que poderá ser aplicada, eventualmente, pela Diretran", falou o agente de trânsito.

 Método Start é aplicado na simulação
Conforme explicou o socorrista da Arteris, Gabriel Francisco de Oliveira Menegazzo, o Método Start, utilizado em situação de múltiplas vítimas, foi aplicado durante o acidente simulado organizado pela Arteris. Trata-se de método que classifica as vítimas pela gravidade dos ferimentos e traumatismos apresentados, ou seja, pela chance real de sobrevivência de cada uma delas no momento da prestação de socorro.

Lonas de variadas cores foram estendidas e sobre elas colocadas as vítimas, sendo a lona verde para aquelas que podiam se movimentar sem ajuda (ferimentos considerados leves); lona amarela onde ficaram as vítimas com algum tipo de lesão sem risco iminente à vida, num primeiro momento; lona vermelha para os acidentados graves, com atendimento imediato e de urgência, como por exemplo, com traumatismo craniano, dificuldade de respiração; lona preta para vítimas em óbito.

Na lona vermelha o atendimento foi feito por enfermeiros e médicos, enquanto que para os demais casos já citados, socorristas e técnicos de enfermagem prestaram os socorros necessários.

Simulado cria sensação real
A preparação para a cena do acidente começou já no dia anterior, quando a carcaça de um carro de passeio, que já havia passado por um acidente, foi posicionado em uma ribanceira, à margem da entrada do Aeroporto Regional de Correia Pinto. Já o veículo Van e o caminhão tanque (combustível) foram devidamente inseridos na cena do “acidente” por volta do meio dia de quarta-feira (30). E em uma barraca da Defesa Civil, o técnico de segurança no trabalho, da São Francisco Resgate, terceirizada da Arteris, Reinaldo, começou às 13 horas a orientação e a maquiagem dos voluntários que iriam figurar como as vítimas do acidente.

Entre esses figurantes estava Daniela Mocelin que encenou a vítima com maior gravidade, encarcerada no interior do carro que capotou. Ela que, a poucos dias, havia concluído com sucesso curso de voluntários da Defesa Civil, promovido pela Prefeitura de Lages.

“A sensação foi de acidente real. Fechei os olhos e esperei pelo socorro e quando este chegou foi prestado com grande profissionalismo pelos socorristas. Eles demonstraram unidade, competência e tudo foi feito sem discussão alguma por parte dos socorristas. O que um falava os outros atendiam e todos, enfim, trabalharam unidos em um só objetivo: salvar a vítima que estava presa às ferragens, inconsciente, dentro do carro capotado”, falou Daniele.

“A Auto Pista está de parabéns por organizar tão importante evento que, sem sombra de dúvidas, serve unicamente para melhorar cada vez mais a experiência destes excelentes profissionais socorristas”, acrescentou Daniele.

fotos: Iran Rosa de Moraes

PML

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