Comunidade Melhor soluciona problemas de décadas e agrada população da região Sul

Antes estava tudo jogado. Faz 20 anos que moro aqui e nunca vieram consertar. Eu pedi e foi pra já que mandaram o pessoal aí. Agora graças a Deus arrumaram.
—  
— “ José Neri Madruga


São cinco bairros e loteamentos da região Sul que recebem o Comunidade Melhor em sua primeira edição / Fotos: Toninho Vieira
O bom tempo ajudou diretamente para a prática dos múltiplos serviços do programa Comunidade Melhor, ação especial da prefeitura entre os dias 25 e 30 de março, reunindo todas as pastas. Uma das secretarias da linha de frente nos bairros é a de Planejamento e Obras, responsável pela infraestrutura total do perímetro urbano de Lages.
O secretário do Planejamento e Obras, João Alberto Duarte, e o vereador Pedro Figueredo verificaram o andamento dos trabalhos nesta quinta-feira (28 de março), sob supervisão do diretor de Obras da prefeitura, Deyvis Studnick, que lista as atividades: limpeza de valas, desobstrução de tubos e caixas de boca de lobo, operação tapa-buracos em ruas pavimentadas, cascalhamento nas de chão batido e conserto de calçamento. Mais de 100 caixas de boca de lobo devem ser reformadas até a conclusão dos serviços. Até agora duas caixas novas foram instaladas. Patrola, retroescavadeira, rolo compactador e escavadeira hidráulica são usadas diariamente. Esta última cedida para a Defesa Civil desassorear os córregos.
A rua Manoel Coimbra recebeu caixa nova, cascalhamento, limpeza de valas e demais manutenções, até a esquina com a Sebastião Antonio Figueiredo. “Os trabalhos na região do Santa Clara demandam maior tempo de dedicação, por isto estaremos aqui na próxima semana para deixar tudo pronto e completo”, justifica o secretário João Alberto.
José Neri Madruga tem 80 anos e é aposentado. Ele fez questão de acompanhar, conversar e dar sugestões aos trabalhadores da prefeitura na rua Felício da Rosa Madruga, bairro Santa Clara, onde vive há 28 anos, com a esposa, de 80 anos. A partir de então ele e os vizinhos terão uma via com tubulação sanitária adequada, e não mais esgoto a céu aberto, dificuldade resolvida e que não interfere mais no incômodo com mau cheiro, pois houve adequação e regularidade de saneamento básico, saúde pública e é claro, beleza de uma rua sem problemas aparentes. “Antes estava tudo jogado. Faz 20 anos que moro aqui e nunca vieram consertar. Eu pedi e foi pra já que mandaram o pessoal aí. Agora graças a Deus arrumaram”, revela José Neri enquanto levanta o boné para agradecer. Para as obras de instalação da caixa inédita do sistema de escoamento de resíduos sanitários na Felício da Rosa Madruga e de tubos na rua Elza Schmidt Klegin foram utilizados 50 tubos de concreto com 30 milímetros de diâmetro cada, 100 pás de pós de pedra britada, 40 blocos de cimento e tampas e 50 metros de terra para cobertura.
A rua Felício da Rosa Madruga está recebendo cascalhamento. “Era só cheia de buraco e agora ficou parecendo um asfalto. Até falei que ia fazer uma faixa de calcário branco para ficar mais bonita”, brinca o aposentado.
Para o operador de máquinas aposentado do Batalhão, José Cavalheiro, 62 anos, gaúcho de Três Passos, morador da rua Orli Bianchini, há 18 anos, bairro Santa Clara, junto à esposa e três netos, as obras que estão beneficiando os moradores da rua Elza Schmidt Klegin vieram em boa hora. Esta via é de alta declividade. Ele ficou à beira da rua de chão batido vendo as máquinas realizar o depósito e nivelamento de material de cascalhamento com pedregulho sem resíduos de terra, um produto graúdo de maior resistência e durabilidade ao peso dos veículos. O idoso aproveitou a presença de autoridades para reivindicar a colocação de tubos nas laterais da rua, assegurando a drenagem pluvial e para evitar a queda de carros a partir da elevação do solo. “É uma subida bem inclinada e os carros patinavam. Quando tinha erosão havia buracos. Está nota 10!”, exclama Cavalheiro.
No Novo Milênio
A dona de casa e estudante Valquíria dos Santos Hoefling mora com a família na rua Sérgio Antunes de Oliveira, loteamento Novo Milênio. Ela, o esposo que trabalha como pedreiro e os três filhos, Diego (10 anos), Maicke (8) e Derick (2), viram a movimentação diferenciada nesta semana. E o que ela reparou está aprovado. “Eu vi eles pintando os meios-fios, cortando as gramas, roçaram ao redor do campo de areia, mexeram na Academia (da Melhor Idade) retirando as partes quebradas, ajeitaram a estrada lá em cima que estava muito ruim. Gostei de eles terem vindo. Arrumaram aquela rua ali perto do campo, na José Maria de Freitas, que estava tenebrosa. Estava horrível, carro era ruim de passar. Foi mexido na ponte também.”
Seus três meninos estudam no Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), onde acontecerá o Dia D no sábado (30 de março), com uma série de serviços, esporte, cultura e entretenimento aos moradores da região Sul. “Eles trouxeram o bilhetinho das professoras e estaremos lá, sim. Eles merecem.”
Roseli Aparecida Rodrigues é profissional do lar e por enquanto está morando na casa do seu irmão Luís Carlos Rodrigues, na rua José Maria de Freitas, enquanto a construção da sua casa nova de alvenaria fica pronta ao lado da dele. Ela escapou do aluguel caro no bairro Coral há seis anos e está tentando uma vida nova com o esposo, ajudante de serviços gerais, e as duas filhas, Camila, de 19 anos, e Maria Eduarda, 18. Na esquina da rua havia uma boca de lobo quebrada há um ano e o cheio ruim de esgoto atrapalhava a vida da família. Nesta quinta-feira os operários da Secretaria do Planejamento e Obras reformaram a caixa de boca de lobo. A concretagem está nova e o desconforto do cheiro ruim acabou.
Na esquina, um ponto de ônibus novo feito pela Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, substituindo a estrutura que estava com as madeiras podres, bem na rua do Centro de Educação Infantil Municipal (Ceim) Nelson Martins de Almeida. “Se continuar assim está ótimo. De vez em quando a prefeitura passa com o serviço de cascalho na rua de terra. Quanto mais formos assistidos, melhor.”
O Meio Ambiente está colocando em dia as roçadas em áreas institucionais, canteiros e nas laterais de calçadas, parquinhos e Academias da Melhor Idade (AMIs).
Texto: Daniele Mendes de Melo

PML

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