AO SUL DO ATÉ HOJE BRASIL (Por Joacir Dal Sotto *) ...

Ao sul do que hoje chamamos de república federativa do Brasil está instalado um movimento legal chamado de “O sul é o meu país”. O movimento busca viabilizar a emancipação política e administrativa dos três estados do sul, de forma pacífica e democrática. É natural que os estados que não se enquadram diretamente no quadro dos que lutam pela nova nação fiquem com um pouco de receio, ainda que outras regiões do Brasil tenham os seus movimentos separatista, ainda que todos saiam ganhando com essa decisão popular. Enquanto o sonho não se torna real, o próprio debate já faz parte de uma necessária transformação diante o sistema corrompido que participamos.

Eu creio que todos concordam que um império como o português que colonizou parte da região que hoje é Brasil é insustentável, é susceptível de corrupção e que dificilmente uma lei possa ser aplicada em povos que possuem características diferentes. No sul existe uma família, somos tradicionalistas de coração e alma, certamente um pai usa dos exemplos da sociedade para ensinar os seus filhos, nós não queremos mais um poder central que suga todos os seus cidadãos. Quando uma equipe é muito grande, torna-se difícil a gestão, precisamos sim com que cada região tenha o seu sistema político e administrativo, precisamos sim com que cada morador de bairro de nossas tantas cidades possa chegar mais perto de seu representante. Em todos os fatores morais seremos elevados, a proximidade do poder pelas mãos do povo é o que fortalece todas as classes sociais.

Em cada manobra do movimento existe transparência, na realidade somos mais do que integrantes de algo bem organizado, somos um movimento que veio para perguntar aos cidadãos que integram tão nobre território se concordam com a separação. Mesmo alguns ainda possuindo dúvidas se é possível a separação, nós estamos prontos para esclarecer para cada interessado que a nossa bandeira é o melhor na atualidade, da mesma maneira que dizemos que a democracia é o melhor regime já criado na humanidade. Temos enraizado no que discutimos pessoas com visões socialistas, pessoas com visões capitalistas. Qualquer um é livre para entrar no movimento, qualquer um que entre no movimento é abraçado fraternalmente enquanto respeita a carta de princípios mantida pelo movimento.

Para que possamos assegurar o direito de cada sulista de manifestar o seu pensamento, nos baseamos na constituição brasileira em seu artigo quatro que fala sobre autodeterminação dos povos, nos baseamos na constituição brasileira que fala em seu artigo quinto sobre livre manifestação do pensamento. Tudo o que fazemos é sem recompensas, tudo o que fazemos é pelo bem da nova nação. Lutamos sim por um mundo melhor, somos filhos do mundo e a globalização surgiu para que cada povo possa se manifestar ao exalar suas semelhanças. Para cada segmento social daquilo que estamos propondo temos uma saída, a saída mais viável é sempre com que a população conheça e possa decidir pelo novo, pelo melhor que é a divisão totalmente legal.

Alguns preferem apenas acompanhar tudo o que está sendo feito pelo movimento democrático, outros são contra e possuem suas razões, a maior parte quer e luta para discutir dentro de uma nova nação. Estamos estendendo as mãos para todos os lados, não estamos obrigando ninguém, estamos apenas buscando informar e jamais desinformar como vemos nos gigantes da comunicação. Somos pela lei, respeitamos a lei e em cada evento promovido pelo movimento é a limpeza que queremos implantar na nova nação que se manifesta. Pedimos mais do que a atenção de cada cidadão, pedimos para que opinem em uma das urnas espalhadas no dia das eleições de outubro desse ano, votem sim, votem pelo bem do sul e consequentemente da gestão prática que irá restar para o restante dos estados além do Paraná.

* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e secretário na comissão de Lages (SC) do movimento "O sul é o meu país".